Revolta!!!

Chega uma determinada época de nossas vidas, onde tudo o que mais queremos e desejemos é paz, aliada a tranqüilidade. Mas isso em relação a tudo, tanto profissionalmente como emocionalmente.

Estou passando por uma fase, que tem dias onde já acordo cansada e me pergunto por quê? Não fui eu que lutei, para essa tal “liberdade feminina” que para mim, não existe, apenas nos trouxe mais fardos, e alguns bem pesados,

Lutaram (por que eu não participei), para se ter direitos iguais, distribuições de tarefas caseiras e profissionais, mas na realidade não é isso o que acontece. Nossos salários ainda são os mais baixos, precisamos trabalhar e estudar muito para obtermos ascensão profissional, em casa os afazeres não são distribuídos, então, se o casal não ganhar o suficiente para ter uma secretária do lar, a mulher além de ser profissional na sua escolha de estudo, ainda precisa ser sua própria secretária, sem contar os filhos.

Que mesmo nos dias atuais, são quase que inteiramente de responsabilidade da mãe, chegamos em casa, depois de um dia corrido, exausto, e lhes damos toda nossa atenção, conciliar os cuidados do lar, com os carinhos direcionados aos filhos, ahhh ... em contra partida, aquelas que têm um companheiro, sabe o que estão fazendo nesse momento? ... assistindo noticiário.

Então vem aí mais uma pergunta, porque e para que tudo isso?

Não tenho a resposta, sei que estou cansada dessa dupla jornada, e com um agravante, ainda tenho que fazer o papel do “homem da casa”. Por 25 h diárias sou Mãe, por quase 10 h sou profissional, por mais 5 h sou dona de casa e quanto tempo restou-me para ser Mulher? ... Nenhum, pois meu dia já foi exausto o suficiente para lembrar-me de ser Mulher.

Algumas que vivem o mesmo que eu, perguntam-se, Mulher para quem?

Bom, a minha resposta é:

- Gosto de ser Mulher para mim, sentir-me sempre linda, cuidar-me para o meu espelho, pois esse sim faz meu ego crescer, e se caso tivesse um companheiro, seria ou será apenas um complemento.

Resumindo, hoje estou cansada de ter tantas jornadas, de não conseguir ser mulher o tempo inteiro e de não ter um companheiro.

“Nem tudo é, como desejamos que fosse”.